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A existência ou não de sobrenatural é ponto recorrente em debates socioculturais, e não raro os defensores de ambas os lados são vistos em disputadas acaloradas; a ponto de desenvolverem desafios com prêmios vultuosos em dinheiro para quem consiga estabelecer contradição à posição então defendida. Dois prêmios atualmente em vigor, o primeiro a favor do naturalismo ontológico e o segundo alinhado com o sobrenatural, são respectivamente o Desafio de Randi e o Desafio de Zammit. Como era de se esperar, ambos os prêmios também acabaram recebendo críticas persistentes da ala oposta.

A controvérsia se estende também não apenas ao campo político e legal, mas também à aceitação pública de teorias científicas que visam a explicar, de forma naturalista, pontos da história do universo em senso comum há muito tradicionalmente creditados a uma ou mais entidades sobrenaturais. Reconhecer ou não textos psicografados por um médium como prova válida em um tribunal. Se deve-se ou não contratar alguém para a função de médium forense. Ou mesmo decidir se criacionismo deve ou não ser ensinado junto às aulas de ciências. Há muito, ocorrem acirrados embates nessas áreas. E, diante do uso recorrente do "argumento da autoridade" e não do argumento científico, verifica-se que o per facto estabelecido pela ciência nem sempre é suficiente para evitar nem tampouco dirimir tais contendas, com frequência não sendo seguido por boa parte das sociedades soberanas, em particular nos estados não laicos.

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